Em nota, a Agência Brasileira de Inteligência afirmou que colabora com inquéritos da PF e do STF sobre eventuais irregularidades cometidas; deputado do PL é suspeito de espionar ilegalmente autoridades.
O que acontecia?
Por meio do sistema chamado First Mile, conforme a Polícia Federal, agentes da Abin (Agencia Brasileira de Inteligencia), monitoravam até 10 mil celulares a cada 12 meses, bastando digitar o número da pessoa.
O software israelense foi adquirido durante o governo de Michel Temer (MDB), mas teria sido usado ilegalmente na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
A suspeita é de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores, outros políticos e jornalistas tenham sido monitorados.
Segundo as investigações, a “necessidade” de monitorar essas pessoas era criada sem qualquer lastro técnico e sem autorização judicial.
A aplicação criava históricos de deslocamento e alertas em tempo real da movimentação dos aparelhos cadastrados. Os agentes da PF identificaram mais de 30 mil usos ilegais do software.
Além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da Abin que respondiam a processo administrativo disciplinar. Ambos foram presos na fase anterior da operação.
De acordo com os investigadores, esses servidores teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão.
(Publicado por Gustavo Zanfer e Lucas Schroeder, com informações de Leonardo Ribbeiro)
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica