Fui picado, mas não vi: como saber se foi aranha ou inseto? Conheça os sinais e quando buscar ajuda

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Estamos suscetíveis o tempo todo a picadas dos mais diversos animais, desde os inofensivos aos que causam envenenamento grave ou transmitem doenças. Muitas vezes, só percebemos o ferimento minutos ou horas depois de ele acontecer, ao sentirmos coceira, vermelhidão, dor ou inchaço em algum ponto da pele.

Quando não conseguimos ver o que nos picou, o primeiro impulso é imaginar que foi um inseto qualquer e que não teremos maiores problemas. Mas como diferenciar uma picada comum da picada de um animal peçonhento e que representa perigo à saúde, como uma aranha-marrom ou armadeira?

O principal sinal de alerta é quando a lesão não melhora com tratamento sintomático, segundo a médica do Hospital Vital Brazil, Roberta de Oliveira Piorelli. “De modo geral, quando ocorre inchaço ou dor persistente que só progride, o ideal é buscar atendimento médico, especialmente se começar a ter sintomas sistêmicos, como mal-estar, náuseas, vômitos e manchas na pele”, explica. “Se o paciente não tem alergia conhecida e não costuma ter reações a picadas, e notou que a lesão está diferente do habitual, o quadro merece atenção.”

  • Entre as milhares de espécies de aranhas que existem no Brasil, somente três gêneros podem provocar envenenamento grave em pessoas:
  • viúva-negra (Latrodectus)
  • armadeira (Phoneutria)
  • aranha-marrom (Loxosceles)

Enquanto a primeira causa acidentes muito raramente e não requer uso de soro, a armadeira e aranha-marrom somam mais de 10 mil acidentes por ano, segundo o Ministério da Saúde, e o tratamento do envenenamento exige a aplicação do soro antiaracnídico.

A picada da armadeira é percebida rapidamente: provoca dor imediata, vermelhidão e inchaço local. Também pode haver vômitos e sudorese, principalmente em crianças. Além disso, o próprio tamanho da aranha dificulta que ela passe despercebida: pode ter até 5 cm de corpo e 15 cm de pernas. Agressiva, ela ataca quando se sente ameaçada.

Já a picada da aranha-marrom, inicialmente, pode ser confundida com uma picada comum de inseto, porque os sintomas levam horas para progredir. O paciente pode sentir dor, que aumenta com o passar do tempo, e apresentar uma lesão de coloração pálida, arroxeada e com vermelhidão ao redor. Alguns casos evoluem para necrose, e quadros graves podem levar à síndrome hemolítica, causando palidez, pele amarelada e urina escura.

A Loxosceles é uma aranha pequena, de até 4 cm, e só pica quando é comprimida. Costuma ficar escondida em móveis, roupas, sapatos e lençóis.

Acidentes com viúva-negra são menos frequentes e costumam causar ardência e queimação local. Podem apresentar também contraturas e dores musculares, irradiadas para os membros, costas e abdome. Os pacientes são tratados com analgésicos por via oral, venosa ou por bloqueio anestésico.

Outras aranhas representam perigo?

Todas as aranhas possuem veneno, mas a maioria não tem impacto significativo na saúde humana. Picadas de aranhas sem importância médica podem gerar desconforto, como dor, inchaço e vermelhidão; no entanto, são sintomas passageiros e que normalmente se resolvem com medicações para dor e alergia. Quando a lesão persiste, piora e não responde a tratamentos convencionais, deve-se procurar atendimento médico o quanto antes.

Picada com dois furos é de aranha?

Como as aranhas possuem um par de quelíceras (estruturas usadas para injetar veneno), geralmente podem deixar dois pequenos furos na pele, mas isso nem sempre acontece. Por isso, a crença popular não deve ser usada como critério para identificar uma picada de aranha.

“Somente um especialista pode fazer essa avaliação. Em caso de acidente, lave o local com água e sabão e procure o serviço de saúde mais próximo. Se conseguir achar a aranha ou o animal que o picou, leve-o em um recipiente seguro. Se não, vá ao hospital do mesmo jeito, porque conseguimos determinar o que aconteceu a partir dos sintomas”, aponta Roberta.

Fonte: Oeste Mais

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