Paulo Pimenta tornou-se uma espécie de “superministro” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se antes ele já era responsável por uma pasta de fundamental importância, a Secretaria de Comunicação, com as enchentes no Rio Grande do Sul, o papel dele aumentou.
Pimenta assumiu o cargo secretário extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ele faz um balanço positivo dos trabalhos feitos até agora e fala do futuro do estado. Nesta segunda-feira (1º/7), faz dois meses que as chuvas causaram a tragédia no Rio Grande do Sul.
“A situação do estado do Rio Grande do Sul ainda é uma situação muito delicada, é uma situação muito crítica. Nós enfrentamos no estado do Rio Grande o mais grave, o mais devastador desastre meteorológico, climático, não só da história do Brasil. Nós tivemos quase 2,5 milhões de pessoas atingidas. Isso é o tamanho de muitos países. Quatrocentos e cinquenta municípios foram atingidos, [há] 95 cidades em situação de calamidade pública”, relata o ministro.
“O governo federal já disponibilizou mais de R$ 100 bilhões [para lidar com a catástrofe]. Isso envolve desde recursos, [visto] que nós abrimos mão do pagamento da dívida do estado, para que o estado possa colocar esse recurso no fundo de reconstrução, recursos de transferência direta para as pessoas atingidas. Para que vocês possam ter uma ideia, o presidente Lula criou um auxílio, que a gente chama de Auxílio Reconstrução, de R$ 5.100 para cada família que foi atingida, ou pela enchente ou pelo deslizamento, para que essas famílias possam comprar um básico para dentro de casa. Nós já pagamos esse auxílio para mais de 250 mil famílias. E acredito que ainda vamos pagar para mais, para talvez mais 150 mil. Só isso aí foi R$ 1,3 bilhão”, disse o ministro.
“Nós vamos pagar dois meses de salário mínimo para todas as empresas da chamada mancha de inundação. Elas podem se habilitar para receber esse auxílio para manutenção dos empregos. Além da transferência direta para os municípios, o recurso para a área da agricultura, do financiamento de dívidas, antecipação de benefícios. Só de antecipação de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, a gente autorizou que os trabalhadores e trabalhadoras que residem nessas áreas atingidas possam sacar até R$ 6,2 mil. Quase 1 milhão de pessoas sacaram fundo de garantia”, continua Pimenta.
Fonte: https://www.metropoles.com/brasil